De agricultura familiar a recuperação de nascentes; FASB agrega a diversidade em seu 2º Study Tour

Discutir propostas de melhoria para o desenvolvimento regional, foi o que aconteceu nos dias 7 a 11 de novembro durante as visitas de campo realizadas pelo Fundo Ambiental Sul Baiano – FASB.

        Cerca de 40 especialistas convidados entre lideranças comunitárias, indígenas, quilombolas, assentamentos, poder público e empresas do setor florestal estiveram juntos ao longo da semana visitando in loco oito dos 23 projetos que atuam na proteção, recuperação e melhoria do desenvolvimento socioeconômico da Mata Atlântica na Bahia da Costa do Descobrimento e Sul da Bahia.

        Para realizar o estudo, o grupo percorreu mais de 600 quilômetros em seis municípios diferentes e visitaram duas instituições parceiras, a RPPN Estação Veracel e a Escola Egídio Brunetto. Segundo Márcio Braga, coordenador do FASB, “É a primeira vez que reunimos esse grupo diverso para um momento de construção conjunta e não para resolver conflitos. Esse é o poder do FASB”. Nesses dias de aprendizado entre os participantes, compartilhando conhecimento e técnicas, o respeito foi o ponto forte mostrando a força da diversidade, os resultados do trabalho e a riqueza que é estarem todos juntos em um objetivo único.

        A empresa investidora de impacto dinamarquesa, a KIRKBI, também esteve presente e um de seus representantes, Lars Olesen, reforçou o objetivo do aporte de recursos: “O objetivo da destinação de recursos diretamente para o desenvolvedor do projeto é de que, por meio dessas iniciativas, possam multiplicar sua abrangência no território tendo condições para investir em outros grupos produtivos”, e complementa, “com isso, formaremos uma rede colaborativa poderosa para fortalecer ainda mais o desenvolvimento regional”, explica Olesen.

          No último dia, os grupos apresentaram as conclusões do estudo e, para Rozilene Lemos, liderança de assentamento, um dos aprendizados foi que “precisamos buscar soluções para dores e sofrimentos de pessoas que trazem comida para a mesa e ensinar os encaminhamentos corretos para comercialização de forma segura e direta, além de melhorar a representatividade das comunidades, formando uma rede entre comunidades e comerciantes com grupos de interesses e afins”. E, alinhado com o objetivo do FASB, Samehy Pataxó, presidente da Associação de Mulheres Indígenas dos Extremo Sul da Bahia, concluiu: “A importância é de que os projetos não tenham um fim, e sim uma continuidade em que um grupo vai fortalecendo o outro formando uma rede”. A meta do FASB com esses projetos é financiar 1.500 hectares de restauração, 1.500 hectares de uso sustentável do solo e apoiar o desenvolvimento de pelo menos cinco projetos, de modo que possam evoluir para estágios mais avançados. O Study Tour reforçou a importância dessas metas gerarem políticas públicas e o engajamento em rede das pessoas envolvidas.

Fonte: Diálogo Florestal

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