Saldo da balança comercial do setor de árvores cultivadas no Brasil cresce 38%

Produções de celulose e papel também registram aumento entre janeiro e setembro

        Os números do Boletim Cenários Ibá revelam a tendência cada vez mais forte dos consumidores na busca por produtos sustentáveis para seu dia a dia. Segundo a publicação, a fabricação de celulose avançou 10,4% entre janeiro e setembro de 2022 com relação ao mesmo período do ano anterior. Já o papel, fonte para produção de embalagens, papel imprimir&escrever, papéis para fins sanitários, entre outros, cresceu 3,6% na mesma base de comparação.

      Com o aumento da consciência ambiental no mundo, também impulsionou a busca por produtos de origem renovável, biodegradáveis, recicláveis e com rastreabilidade. Deste modo, também foi possível identificar forte alta nas exportações de celulose, que alcançou 14,2 milhões de toneladas comercializadas internacionalmente (+23,1%), o que trouxe divisas de US$6,1 bilhões. Este foi um dos fatores que impulsionou o saldo da balança comercial do setor a totalizar US$7,8 bilhões (+37,9%).

        “É importante analisar estes números relacionando com o movimento global em busca de uma economia verde. Estamos caminhando para a finalização da COP27, em que uma das discussões é a busca por soluções que auxiliem o mundo na rota da descarbonização. Os consumidores, especialmente os mais jovens, já estão demandando produtos sustentáveis e rastreáveis e, por isso, o setor de árvores cultivadas se mostra uma opção para o presente e para o futuro. Estes resultados dos anos de trabalho e planejamento das companhias de base florestal, que souberam ler esta tendência e já disponibilizam alternativas a itens de origem fóssil. Mas o setor não vai parar por aí. A celulose solúvel, nanocelulose e a lignina estão possibilitando com que o setor seja uma opção de matéria-prima ambientalmente amigável a outras indústrias como cosmética, alimentícia, automotiva, entre outras”, comenta Paulo Hartung, presidente executivo da Ibá.

       Entre os países que mais compraram celulose brasileira, a China segue na dianteira, com a aquisição de US$ 2,3 bilhões do produto. A América Latina desponta como principal mercado das exportações de papel (US$ 1,5 bilhão) e painéis de madeira (US$ 173,1 milhões).

Fonte: Mais floresta

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