O DESENVOLVIMENTO DA MARCA DE UMA PIONEIRA

Indústria de iscas formicidas celebra sua tradição de vanguarda tecnológica, alto padrão de qualidade e reconhecimento dos clientes

Ao final da década de 1960 a industrialização do mundo pós-guerra havia dado ao Brasil, então integrante do grupo de países chamado terceiro mundo, uma melhor condição de crescimento e iniciava-se um ciclo de desenvolvimento inédito. O cenário desse período foi caracterizado pela entrada de capital estrangeiro, motivado pelo crescimento das exportações e por Investimentos internos.

O Brasil vinha desenvolvendo técnicas aplicadas em todas as formas de cultivo, visando mais produtividade e colaborando para o incremento dos números da economia nacional. Das ameaças existentes nas lavouras desse imenso Brasil, a formiga representava um grande problema ainda sem soluções eficazes. Foi nesse contexto que a Dinagro iniciou suas atividades no comércio de inseticidas e produtos pecuários. Em 1969, Izidro Pedro de Freitas e Salvatore Romano fundavam a primeira fábrica de iscas formicidas do Brasil, no interior, em Ribeirão Preto (SP). O pioneirismo da Dinagro rapidamente gerou frutos e logo outros brasileiros também perceberam que poderiam fabricar iscas formicidas, que até então eram importadas. Naquela época, uma das tarefas mais difíceis enfrentadas pelos agricultores era o controle das pragas. A visão empreendedora da Dinagro atuou com foco nessa dificuldade que se apresentava silenciosa e quase invisível, mas de consequências desastrosas para o produtor rural. Foi dessa maneira que a Isca Formicida se tornou uma forte aliada do agronegócio nacional, contribuindo substancialmente para que a agricultura brasileira pudesse ter a sua primeira grande alavancagem. É fato que sem o controle desta praga e muitas outras, o Brasil não seria hoje a promessa de celeiro do mundo. O olhar disruptivo dos fundadores da Dinagro em nacionalizar esta tecnologia, é considerado um marco de grande feito para o setor do agronegócio do nosso país.

COMO TUDO COMEÇOU

Atrás de um balcão, o visionário Izidro Pedro de Freitas enxergou o horizonte intocado das iscas formicidas no Brasil e, junto do seu amigo e sócio Salvatore Romano (in memorian), deu início a um empreendimento de sucesso. Dessa união nasceu a Dinagro – Distribuidora Nacional Agropecuária, em 13 de agosto de 1968. Durante essa década, a isca era um produto recém importado dos EUA (Estados Unidos da América) pela Secretaria do Estado da Agricultura em quantidades reduzidas. Então, Izidro com seu espírito empreendedor e sua paixão pela agropecuária, resolveu desenvolver uma isca similar, testando sozinho e sem grandes conhecimentos, uma maneira de fabricá-la. Primeiro providenciou um atrativo para as formigas, algo que fizesse com que elas trocassem as folhas pela isca. Na região de Ribeirão Preto, o setor cítrico estava em expansão, implementando grandes fábricas de suco com vistas à exportação. O bagaço da laranja, que era despejado por essas indústrias, logo foi descoberto por Izidro como uma ótima matéria-prima para uso em sua isca formicida. No início de 1969, a polpa cítrica já estava regulamentada para o formicida e agora restava encontrar um princípio ativo. Izidro testou vários compostos, como Aldrim e outros clorados até, finalmente, chegar ao Dodecacloro. Assim, em junho do mesmo ano, a Dinagro fez sua primeira venda de Isca Formicida Nacional. As vendas cresceram e a produção passou a ser em escala industrial/artesanal. Apesar de diversificar-se durante alguns anos em outras atividades, como produção e comércio de sementes, produção de fertilizantes foliares e orgânicos, é na produção de iscas formicidas de alto padrão que a Dinagro solidificou a sua marca. Dessa forma, em 1972 a Dinagro adquiriu uma máquina suíça, rápida, eficiente e inovadora. Ela possibilitava um novo modo de fazer o produto, de granulado para peletizado. A máquina peletizadora dobrou a produção e deu início à famosa marca do Formicida Dinagro.

A PROVA DE FOGO

Inesperadamente em 1992, o governo brasileiro, em conformidade com resoluções internacionais de saúde, anunciou a proibição do princípio ativo mais comum na produção de formicida até então, o Dodecacloro. Além disso, tornava obrigatório o registro de qualquer novo princípio ativo que fosse utilizado. Foi necessária a aprovação de inúmeros testes que comprovavam a eficiência, a qualidade, a toxicidade, e vários outros itens dos princípios ativos, sendo a Sulfluramida o composto de melhor desempenho para essa substituição. Assim, o processo de registro se deu com a apresentação dos dados ao Ministério da Agricultura, ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para posterior aprovação. Apenas em 1996 a documentação foi aprovada e finalmente com o registro do Ministério da Agricultura em mãos, a Dinagro passou a produzir a Isca com o princípio ativo Sulfluramida. Depois do longo processo do registro do novo princípio ativo a produção se restabeleceu e iniciou-se o planejamento para investir nas vendas do setor florestal.

UMA PEDRA NO SAPATO

No final de 1997, adquirir a matéria-prima para a fabricação da Sulfluramida ficou mais complicada. Foi então que, em uma das reuniões decisivas da empresa a administração tomou mais uma importante decisão, sintetizar a própria Sulfluramida. De posse de um grande espírito empreendedor, a Dinagro seria a primeira e a única no Brasil, a fabricar a Sulfluramida de maneira verticalizada, não dependendo da matéria-prima original. A Dinagro se orgulha de ser portadora desse processo e de levar, com sua iniciativa, o nome do Brasil para o mundo. Em 1999 surgiu a parceria com a multinacional Basf, uma associação que foi de grande importância para ambas empresas.

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