Com participação de pesquisador brasileiro, publicação possui informações sobre pragas florestais e formas de combate
A FAO publicou o Guia para controle biológico clássico de pragas em florestas nativas e plantadas. A publicação concentra 11 estudos de casos de sucesso sobre o combate de pragas com o uso de métodos biológicos. Entre eles está o estudo conduzido pelo professor da Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), Carlos Frederico Wilcken, e líder científico do Protef (Programa Cooperativo de Proteção Florestal) do Ipef (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais). O documento ilustra o poder de devastação de pragas como percevejo-bronzeado, vespa-de-galha e vespa-da-madeira e maneiras de manejar florestas afetadas.
O dano causado por insetos atinge milhões de hectares de florestas todos os anos no mundo inteiro. “Além disto, a extensão do estrago está aumentando na medida em que o comércio internacional cresce, facilitando a disseminação de pestes, assim como resultado dos impactos das mudanças climáticas que se tornam mais evidentes”, destaca Hiroto Mitsugi, diretor geral assistente do Departamento Florestal da FAO. De acordo com o estudo realizado pela entidade, em 2010 estas pragas afetaram 35 milhões de hectares no mundo todo.
Mundialmente, e especificamente em economias em desenvolvimento, os surtos de pragas florestais podem ter consequências para comunidades que dependem da floresta para a subsistência. “A FAO enxerga a ameaça de insetos sobre a floresta de forma muito séria”, completa.