O Programa de Apoio às Vocações Regionais do PR, desenvolvido pela Universidade Estadual de Londrina, por meio de um edital da InvestParaná, realizou a primeira Oficina de Integração para a cadeia do pinhão, na quarta-feira (07/12), na Embrapa Florestas.
Cerca de 50 produtores e representantes dos municípios que formam a cadeia de Valor do Pinhão – Guarapuava, Pinhão, Inácio Martins e Turvo – participaram do evento.
Durante a abertura, Bruno Banzato,gerente de desenvolvimento econômico da InvestParana, lembrou que o Programa tem o objetivo de introduzir inovação e agregar valor às cadeias produtivas de alimentos e turismo, de forma sustentável. “Começamos com a Mata Atlântica trabalhando os conceitos de turismo de natureza e de base comunitária, além de produtos regionais. Agora temos a oportunidade de trabalhar com o pinhão. Agradeço muito a vocês por este momento e reforço que temos parceiros incríveis para executar o programa”.
Vera Sugihiro, professora da UEL, destacou a importância do Programa: “É uma forma de fortalecer a cadeia do pinhão e visando a representatividade econômica, por meio de um esforço conjunto entre diferentes instituições. Precisamos colocar a mão na massa pra cadeia produtiva ganhar espaço com qualidade”.
Para Erich Schaitza, chefe-geral, realizar a Oficina na Embrapa Florestas trouxe a possibilidade de apresentar as pesquisas desenvolvidas com silvicultura, pinhão e buscar novas parcerias: “Precisamos unir os esforços da pesquisa, academia, formuladores de políticas públicas e produtores para colocar em prática os conhecimentos possibilitando a geração de renda”, destacou.
Na sequência, o chefe-geral apresentou dados sobre a distribuição da araucária em sua área de ocorrência: “Segundo dados do inventário nacional e de mapeamentos feitos por estados, temos 29% da área original da Floresta com Araucárias, com diferentes estados de conservação e, segundo cálculos do inventário florestal nacional, temos aproximadamente 124 milhões de árvores”.
Schaitza comentou brevemente sobre a legislação para araucária nos Estados do Sul e ressaltou: “A Lei da Mata Atlântica é a principal lei que regula as Florestas com Araucária. Quanto aos plantios, em geral são incentivados e permitem uso posterior tanto para produção de pinhão como de madeira, mas os procedimentos autorizatórios estão ligados à forma de gestão florestal de cada Estado. No Paraná, a responsabilidade é do IAT, ou seja, conseguimos ter uma gestão mais ligada ao que acontece no Estado.”
Ainda no período da manhã, a professora Daniele Ukan, da Unicentro, explicou o funcionamento do Programa de Apoio às Vocações Regionais do PR e conduziu as discussões em grupo. A Unicentro é a responsável pela execução das ações florestais do Programa.
No período da tarde, os participantes visitaram o pomar para produção de pinhão e conheceram a técnica de enxertia, com atendimento realizado por Paulino Graff. Também estiveram no Laboratório de Tecnologia de Produtos Não Madeiráveis conversando com Cristiane Helm sobre as pesquisas desenvolvidas com pinhão.
Fonte: Embrapa