Produção de mudas de Ceiba Speciosa

Pesquisadores avaliaram o desenvolvimento de mudas em tubetes com diferentes dimensões

Um dos problemas encontrados na formação de povoamentos visando à
restauração florestal é a qualidade das mudas. Com objetivo de avaliar diferentes volumes de tubetes para a produção de mudas de Ceiba speciosa, utilizando o biossólido como substrato, pesquisadores da Ufrrj (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e do UEP (Universidade
Estadual Paulista), foram os responsáveis pela pesquisa. O experimento incluiu a fase de produção das mudas e a avaliação do desempenho no campo. A conclusão foi que, de maneira geral, houve tendência de maior crescimento das mudas nos tubetes de 280 cm3 (centímetros cúbicos) e menor crescimento nos tubetes de 55 cm3. Este comportamento provavelmente ocorreu pelo maior volume de substrato e, com isso, mais disponibilidade de nutrientes e de matéria orgânica.

Entre as espécies amplamente utilizadas na recomposição florestal de ecossistemas da Mata Atlântica, encontra-se a Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna (paineira). A utilização de resíduos orgânicos como substrato para produção de mudas de espécies florestais nativas, geralmente, é uma alternativa viável, visto que, normalmente são ricos em nutrientes e são produzidos em grande quantidade, e sua destinação é um problema para as empresas produtoras. Entre estes resíduos encontra-se o biossólido, originário das estações de tratamento do esgoto doméstico, que, normalmente, apresenta alto teor de matéria orgânica, possui quantidades apreciáveis de nutrientes.

Diversos autores demonstram ganhos no crescimento e qualidade das mudas florestais nativas quando se utiliza o biossólido como componente do substrato. Dessa forma, este material possui grande potencial, o que pode garantir a boa formação e qualidade para as mudas, além de influenciar diretamente no sucesso dos povoamentos visando à restauração florestal.

No mesmo grau de importância que o substrato empregado, o tipo e as características do recipiente a se utilizar também irão influenciar a qualidade das mudas. O volume do recipiente tem relação direta na quantidade de substrato, no espaço que irá ocupar no viveiro, na mão de obra, no custo final da muda, no transporte e rendimento durante o plantio e, principalmente, na quantidade de insumos utilizados.

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