100 ANOS DE HISTORIA

Empresa paranaense celebra um século dedicado ao fortalecimento do segmento florestal e desenvolvimento da economia local

A História de uma empresa que combina e se completa com a da região onde está situada. Uma história que deu seu primeiro passo oficial em 1923 e começou muito antes disso na Europa, quando em 1877 Antonio e Magdalena Dallegrave decidiram trocar Belluno, no norte da Itália pelo Brasil. Em um primeiro momento a família se estabeleceu em Paranaguá, no litoral do Paraná, e alguns anos depois mudou-se para a capital, muito antes de começar a trabalhar com madeira. Quando chegou a Curitiba (PR), a família se estabeleceu em um terreno nas proximidades do antigo estádio Belfort Duarte, atual Couto Pereria, onde iniciou suas atividades investindo em diversos ramos. Especialmente, envolveram-se na construção de importantes obras na cidade, como o Passeio Público e a Capela de Nossa Senhora da Glória, que são marcos na história da capital paranaense. A capela foi o local da celebração do casamento de João Dallegrave, primogênito de Antônio e Magdalena, com Amélia Chatagnier.

Em 1897 nasce o primeiro neto da família Dallegrave no Brasil e dois anos depois disso deu-se o início do trabalho com marcenaria, quando João entrou na Serraria Roseira. Uma pequena semente era plantada ali no coração de João. Já em 1910, com muito esforço foi fundada a Serraria Cata, entre os municípios de Balsa Nova (PR) e Campo Largo (PR). Com muita força de vontade e trabalho contínuo a Serraria Cata superou as dificuldades trazidas pela Primeira Guerra Mundial e logo depois pela Pandemia de Gripe Espanhola. Uma das filhas de João Dallegrave casou-se com o Virgílio Moreira, que logo passou a trabalhar junto com a família e fazer parte da Serraria Cata. O trabalho ia muito bem, mas a escassez de matéria-prima fez com que as dificuldades começassem a aparecer. isto acarretou naquela que viria a ser a grande virada na vida da família. A oportunidade de continuidade dos negócios surgiu em Imbituva, na região central do Paraná. Paulo Dallegrave, João Dallegrave e Virgílio Moreira aceitaram o desafio e fundaram a Serraria João Dallegrave & Cia, em 15 de junho de 1923. A mudança para Irati (PR) veio 15 anos depois, quando a expansão trazida pela ferrovia abriu caminhos para a cidade e para a empresa. Em 1940, com o falecimento de João Dallegrave, a Serraria do Pinhal passou a ser chamada Dallegrave, Moreira & Cia. Por se tratar de uma empresa familiar, filhos, genros e netos foram cada vez mais presentes e fizeram a pequena serraria fundada há 100 anos se tornar uma referência na cidade de Irati e Inácio Martins (PR) sendo uma fonte de matéria-prima para o mercado nacional e internacional. A empresa hoje atua apenas na área de reflorestamento, porém vale ressaltar, que passou por todas as fases de uma madeireira, produzindo: serrados, beneficiados, lâminas torneadas, lâminas faqueadas e compensados e dedica hoje toda sua produção para atender com toras, os fabricantes de móveis e compensados da região. Nos mais de 100 anos de história passaram mais de 2500 funcionários pela Dallegrave e a empresa cresceu junto com a cidade onde está até hoje, no mesmo local.

O LIVRO

O relato acima é apenas uma pequena parte do que pode ser encontrado no livro – Dallegrave: História e Consolidação no Coração do Paraná; que conta a história da empresa com detalhes e traz vários relatos da família ao longo de quase 150 anos em que está no Brasil. Idealizado por Marcos Dallegrave Góes, diretor da empresa e quarta geração dos Dallegrave, o livro nasceu da ideia de relatar histórias e dar um marco para o centenário da empresa. Marcos conta que uma de suas inspirações foi seu avô Paulo, que tinha diários de registros desde os anos 1930 e vários livros onde ele colava notícias de jornais da época. “Quando morei na casa que era do meu avô tive acesso a esses livros e diários, onde aprendi muito sobre a história da família e que me deram essa inspiração de colocar em um livro todas essas histórias e a proximidade com o centenário fez com que a ideia saísse do papel”, relata Marcos. Para produzir esse livro, Marcos convidou a jornalista Adriana Souza, que é especialista na cobertura de assuntos relacionados ao agronegócio. Para Adriana, além do desafio na produção do livro, foi uma experiência muito gratificante poder relatar essa história que entrelaça uma família e todo o setor florestal da. “Receber o convite do Marcos Dallegrave para eternizar a história de sua família e de sua empresa foi aceito prontamente. Sou jornalista, gosto de boas histórias e aqui pude conhecer e escrever várias delas”, conta Adriana. Quem tiver interesse em

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