Investimentos indicam otimismo no setor florestal

Com crescimento nos índices de custos da atividade bem lento e anúncios de grandes projetos, clima parece favorável, pelo menos para parte do para o segmento, diante da estagnação econômica

Consultorias apontam queda no custo da atividade florestal e otimismo do setor que segue divulgando grandes investimentos industriais. O Incaf (Índice Nacional de Custos da Atividade Florestal) apresentou crescimento inferior ao da inflação nos primeiros três meses do ano. Enquanto que nos Estados do Paraná, Santa Catarina, Bahia, São Paulo e Minas Gerais receberam anúncios de construção de novas plantas de celulose e expansão em diversas unidades.   

A variação do Incaf no primeiro trimestre de 2019 foi de 0,5%, bem abaixo da inflação no período, medida pelo Ipca (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo), que ficou em 1,5%. Isto quer dizer que o ano iniciou com outra dinâmica. Porque no acumulado dos últimos 12 meses, o indicador que mede o custo da atividade florestal registrou alta de 5,8%, ante uma variação de 4,5% na inflação. Calculado pela Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, o Incaf monitora a evolução dos custos da atividade florestal no Brasil e é divulgado trimestralmente.

“A evolução dos custos da atividade florestal nesse início do ano está relacionado, principalmente, ao custo da mão de obra em função do reajuste anual do salário mínimo, ocorrido em janeiro”, explica Dominique Duly, gerente de consultoria em Energia e Agroindústria da Pöyry no Brasil, e que coordena a elaboração do índice. Embora no curto prazo a evolução do Incaf nem sempre repercuta nos preços de madeira pagos pelas indústrias, Duly ressalta que ele é um importante termômetro para avaliar a rentabilidade dos produtores de madeira. “Isso ocorre porque os preços dependem muito mais do balanço entre a oferta e a demanda, ou ainda de fatores exógenos, como o dinamismo do mercado de construção nos Estado Unidos”, afirma.

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