Exportações de madeira tropical patina

Brasil não consegue ampliar vendas internacionais do produto, mas o embate entre EUA e China pode ajudar, mesmo que de forma tímida, exportadores brasileiros

Enquanto as exportações dos produtos de madeira plantada apresentaram crescimento no último ano, com tenência de ampliar ainda mais o ritmo de alta, as vendas externas dos produtos a base de espécies nativas permanecem ruins.   

Na contramão do crescimento constante, os produtos industrializados a partir de espécies tropicais têm perdido força no mercado internacional. O compensado tropical atingiu a marca de 61.016 m³ (metros cúbicos) exportados em 2018, mantendo o nível do volume exportado no ano anterior, resultando na média mensal de pouco mais de 5.000 m³, apontam números da Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). O mesmo acontece com as lâminas tropicais. Em 2018, foram embarcados apenas 13.424 m³, permanecendo em um nível baixo e estável nos últimos três anos. “É um volume muito abaixo do belo histórico das exportações brasileiras em décadas passadas e da dimensão de nossas florestas tropicais, o que demonstra a falta de políticas públicas de incentivo ao uso e produção sustentável da floresta Amazônica”, afirma José Carlos Januário , presidente da Abimci.

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