Centro de pesquisa centraliza o desenvolvimento de soluções de herbicidas específicos para o setor florestal
A Environmental Science possui instalações exclusivas de pesquisa e desenvolvimento para florestas plantadas, nativas e manejo de vegetação não agrícolas. O Centro de Pesquisa da Bayer está localizado estrategicamente em Paulínia (SP), sendo uma das quatro unidades de Pesquisa e Desenvolvimento da Environmental Science no mundo dedicada à inovação e pesquisa de defensivos agrícolas. Dispõe de uma estrutura tecnológica de 70 ha de áreas experimentais e 20 ha de escritórios, estufas, laboratórios e áreas restauradas que são credenciadas pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Neste site são conduzidos protocolos de pesquisa para atividades iniciais de desenvolvimento de um produto, podendo ser fungicidas, inseticidas, adjuvantes, herbicidas e herbicidas não agrícolas, sob a responsabilidade do time de Solution Development.
Para trazer uma solução inovadora para o mercado, é necessário entender a demanda florestal através das necessidades dos clientes, que é entendida a partir de um estudo de mercado, realizado pelo nosso time de marketing, que está em nossa linha de frente com o cliente.
O processo de desenvolvimento inicial de um produto, inicia-se em nosso laboratório de Monheim, Alemanha. Mais de 100 mil ingredientes ativos e novas formulações são testados em pequenas escalas para a escolha de uma potencial molécula, a qual é apresentada para time de Solution Development, que fica responsável por desenvolver o produto na casa de vegetação e nas condições de campo.
Além de novos produtos com moléculas e formulações inovadoras, há também um processo de geração contínua de soluções, que suprem a continuidade do negócio atrelado sempre as necessidades do cliente. E, para isso, os estudos iniciais e avançados são realizados a partir da criação de protocolos, com o objetivo de elaborar ensaios para analisar o comportamento da molécula no ambiente e verificar a sua eficácia, seletividade, validar seu melhor posicionamento, momento de aplicação e doses.
Para a execução destes ensaios, a área experimental é preparada de maneira convencional para se assimilar ao manejo de campo. Os tratamentos listados no protocolo são dispostos em blocos ao acaso, com o intuito de mitigar possíveis fatores externos. Na aplicação, que é feita em pequenos volumes, realiza-se um check-list da calibração do equipamento e checa-se também as condições climáticas, para além de simular a situação real de campo e garantir uma aplicação de boa qualidade. Durante o período que o ensaio será conduzido, deve se ter um acompanhamento frequente e realizar avaliações que auxiliem no entendimento da eficácia e seletividade do produto.
Com a posterior análise de dados, é possível entender se é um produto eficaz e seguro para a necessidade do cliente mapeada inicialmente. O entendimento do produto deve ser feito de forma interna e através de ensaios de desenvolvimento avançados em áreas externas semi – operacional. Entendendo a viabilidade do produto, são gerados laudos, que suportam a construção do parecer técnico, que será submetido para as autoridades, para posteriormente obter o registro para comercialização.
O tempo para a descoberta de um ingrediente ativo até o lançamento do produto leva -se alguns anos. Sua disponibilização no mercado é fruto de iniciativas e colaborações entre times, práticas sustentáveis, tecnologias inovadoras, juntando a estratégia comercial e o entendimento técnico do produto para melhor posicioná-lo. Hoje temos um portifólio completo de soluções para o manejo de plantas daninhas, controle de pragas e doenças para as culturas de eucalipto, pinus, nativas e áreas não agrícolas, que permitirá ao cliente final atingir altas taxas de produtividade, ao mesmo tempo em que reduz o impacto ambiental.
Reportagem da REFERÊNCIA FLORESTAL, edição 245.