Cipem leva procurador da república, secretários de Estado, gestores de órgãos ambientais e pesquisadores para conhecerem a fundo o setor de base florestal de Mato Grosso
Quando se pensa em atividade madeireira, poucos conseguirão visualizar a realidade que cerca de 100 pessoas conferiram, in loco, na Fazenda Sinopema, localizada na divisa entre os municípios de Sinop e Tabaporã (MT). Em uma área de aproximadamente 52 mil ha (hectares), o cenário é de conservação. Nem parece haver uma atividade econômica de alto desempenho. No local, todas as árvores são identificadas e as que estão em ponto de maturidade são colhidas, deixando espaço para o surgimento de novas mudas – processo conhecido como regeneração natural da floresta. Todo esse sistema obedece a rígidos controles de órgãos ambientais, desde o licenciamento e a colheita, passando pelo transporte até a comercialização.
O evento realizado, similar aos “dias de campo” que acontecem em fazendas de grãos, está em sua segunda edição e é realizado pelo Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso) e parceiros. O público alvo é formado por representantes dos poderes públicos executivo, legislativo e judiciário que interagem com o setor ou com o tema ambiental. O objetivo é mostrar, na prática, como é o cotidiano usual do manejo florestal – uma atividade que mobiliza mais de 5 mil empreendimentos no Estado e que emprega cerca de 90 mil pessoas direta e indiretamente.
O presidente do Cipem, Rafael Mason, explicou que a realização do Dia na Floresta surgiu em função da complexidade de se entender a atuação do setor florestal. “A autorização e a fiscalização da produção de madeira em Mato Grosso são realizadas por quatro órgãos públicos diferentes: a Sema, o Ibama, o Indea e a Polícia Rodoviária Federal. Na esfera jurídica, a atuação é tanto estadual como federal. Ou seja, o controle da atividade é extremamente complexo”, pondera Mason.
A secretária de Sema-MT (Meio Ambiente de mato Grosso), Mauren Lazzaretti, falou sobre os avanços de gestão da pasta, destacando a maior agilidade na análise dos processos de autorização dos Planos de Manejo Florestal Sustentável, mecanismo que, em sua avaliação, “representa a alternativa mais eficiente para manter a floresta em pé. “Como temos urgência em manter a floresta conservada, o manejo florestal sustentável é o nosso foco principal”, reforçou.
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