Cabeçote tem que estar nos trinques

Comprar um implemento de corte de última geração e relaxar na manutenção chega a ser um pecado. Cabeçotes harvesters pedem cuidados simples e constantes

Equipamentos cruciais nos processos da indústria florestal, os cabeçotes harvesters têm peculiaridades quanto à manutenção que devem ser atendidas. Esta atenção interfere diretamente na vida útil e na eficácia do equipamento. Embora os cabeçotes incorporem grande força, potência e tração, os cuidados preventivos e corretivos no momento exato são essenciais para manter a produtividade e reduzir custos da operação.

Mesmo com o uso adequado e atenção à manutenção periódica, o período de uso das máquinas não deve exceder cinco anos. Aliás, um estudo realizado por pesquisadores da UFV (Universidade Federal de Viçosa), aponta que os custos de uso após esse período aumentam drasticamente e têm impacto negativo na atividade.

“O hervester tem um alto custo de aquisição, requer mão de obra qualificada, tendo como elemento decisivo para obter lucro ou prejuízo o tempo despendido para a execução da atividade”, dizem os pesquisadores.

Francisco Cardoso, diretor administrativo da Vale do Amazonas, tem cerca de 30 cabeçotes harvester funcionando sob sua responsabilidade. Hoje, ele diz que são necessárias manutenções diárias e periódicas para o bom funcionamento das máquinas.

“Temos treinamento próprio para os funcionários. Realizamos geralmente o reaperto dos cabeçotes, pois eles acabam se soltando durante a atividade. Em média, eles produzem 100 ciclos por hora, e isso vai afrouxando o equipamento”, conta.

Cardoso ainda explica como são realizadas as manutenções periódicas. “Quando necessárias, substitui-se o cabeçote por um reserva, e o encaminhamos para a oficina, onde ele passa por usinagem, embuchamento e outros trabalhos mais completos, como troca de mangueiras e realinhamento do conjunto de corte”, acrescenta.

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