O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, apresentou os avanços significativos em pautas importantes que vão potencializar o desenvolvimento das agendas de florestas plantadas no país.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou na quinta-feira (21), em Brasília (DF), o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas 2024. O lançamento foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), Juliano Vieira de Araujo; o superintendente da entidade, Paulo Pupo; e o coordenador do Comitê Florestal da Associação, Mario Sant’Anna Junior, participaram do lançamento que reuniu entidades representativas da agroindústria florestal de todo o Brasil em um dia significativo, pois 21 de março é o Dia Internacional das Florestas. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também participou da solenidade.
Na oportunidade, foram lançadas três ações importantes do Plano Floresta + Sustentável que vão contribuir com o desenvolvimento da cadeia produtiva de florestas plantadas no Brasil.
A primeira foi a versão atualizada do Plano de Desenvolvimento de Florestas Plantadas 2024, que apresenta adequação das estratégias de sustentabilidade para a silvicultura brasileira. A versão atualizada do plano foi baseada nos Objetivos Nacionais de Florestas (ONFs) que, além de outros pontos, priorizam a ampliação de florestas plantadas, o desenvolvimento de planos e políticas de uso da terra que garantam a conservação das florestas e a promoção do manejo florestal.
Na sequência, foi lançado o Painel Floresta+, ferramenta de acesso público com dados atualizados do setor florestal brasileiro, que vai possibilitar mais eficácia na identificação das necessidades e na formulação de políticas para o setor. Também foi lançada a Chamada Pública Para Projetos Florestais, com o objetivo de integrar e promover a conexão entre instituições detentoras de projetos florestais com investidores, criando uma rede colaborativa.
Em seu discurso, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, elogiou o cuidado do setor florestal com a preservação. “São 10 milhões de hectares de floresta plantada no Brasil. Esse mesmo setor tem 7 milhões de hectares de preservação excedentes ao exigido pelo Código Florestal e querem chegar a 10 milhões. É um grande ativo brasileiro, a mostra mais explícita da responsabilidade ambiental dos produtores e dos setores econômicos”, disse Fávaro.
O Ministro enalteceu a relevância do setor que congrega 1,3 milhão de produtores rurais, gera 2,6 milhões de empregos e responde por 1,3% do PIB nacional ou cerca de R$100 bilhões. “Por isso, o plano é conectado com o programa ABC+, com o Plano Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, que têm tudo a ver com a regeneração de floresta plantada. É a conexão de produzir e conservar, de sequestrar carbono, de melhorias e boas práticas”, afirmou. Ele falou também sobre a importância do trabalho em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima. “É uma prova de que é possível produzir e preservar transversalmente dentro do governo e dentro da sociedade. É a certeza de um mundo melhor de oportunidades econômicas, oportunidades sociais e ambientais”, concluiu.
Para o presidente da Abimci, Juliano Vieira de Araujo, o lançamento foi um marco, pois foi a primeira vez em que o Plano foi abordado de forma mais macro. Outro ponto positivo, segundo Araujo, foi o envolvimento dos dois Ministérios: da Agricultura e Pecuária (Mapa) e do Meio Ambiente e Mudança de Clima. “Isso foi extremamente positivo para o setor porque o plano vai trabalhar com fomento florestal, fazendo plantio em áreas degradadas e que podem ser melhor aproveitadas”, disse. Araujo considerou o plano como um excelente trabalho do Mapa, mas também um desafio. “Será preciso monitorar e municiar principalmente o Ministério da Agricultura com informações e com todos os projetos que nosso setor já está fazendo. É um início muito interessante, porém o desdobramento vai depender do trabalho de todo setor para que possamos atingir a meta de aumentar o número de florestas plantadas para uso comercial e industrial”, concluiu.
Após a solenidade de lançamento do Plano, o presidente da Abimci entregou ao ministro Carlos Fávaro o Estudo Setorial 2022. A publicação, produzida pela Associação, retrata a abrangência das atividades do setor industrial madeireiro nacional, apresentando panoramas dos principais segmentos de produtos de madeira processada e dados socioeconômicos. O estudo também apresenta as contribuições do setor para a economia brasileira, além de informações específicas de cada segmento de produto, trazendo uma visão dos cenários mundiais e nacionais, produção, consumo interno, exportações, entre outros.
Fonte: Abimci. https://abimci.com.br/abimci-participa-do-lancamento-do-plano-nacional-de-desenvolvimento-de-florestas-plantadas-em-brasilia/